terça-feira, 12 de junho de 2012

AUMENTO DOS VEREADORES: 7 PARA A LEGALIDADE E 2 PARA A MORALIDADE


          A noite desta terça-feira foi movimentada na Câmara Municipal de Gavião Peixoto. A sessão das 20h previa entre outros projetos de menor importância a votação dos novos salários dos nove vereadores, secretários municipais, prefeito e vice. Vale lembrar, que os parlamentares se reúnem duas vezes por mês, ou seja, a 15 dias. Pela proposta apresentada pela mesa diretora (Juninho Gulla, Gordo da Engedix e Joãozinho), os vereadores passarão de R$ 1,6 mil para R$ 2,9 mil; secretários de R$ 3,8 mil para R$ 4,5 mil; vice-prefeito subirá de R$ 2,2 mil para R$ 4,4 mil; e o subsídio do prefeito vai de R$ 7 mil para R$ 10 mil, o maior vencimento da classe política de Gavião Peixoto, já a partir de 1º de janeiro de 2013. Dos nove vereadores presentes, após muita discussão irrelevante, apenas Cláudio Barbosa (PT) e Edson Macias (PSDB), honraram seus cargos (eleitos pelo povo) e votaram contra o aumento. 
          A população, que não costuma participar das sessões legislativas, compareceu em peso e lotou o Plenário "Lourenço Barsaglini", na Câmara Municipal, já que entre os moradores, por meio das redes sociais, criou-se um movimento popular intitulado Reage Gavião A ideia do movimento é conseguir 1000 assinaturas para propor um projeto de lei de inciativa popular, para fazer com que os vereadores retrocedam na decisão, como aconteceu com o Grupo Reage Araraquara, que conseguiu fazer os vereadores de Araraquara recuarem na proposta de aumentar os próprios salários de R$ 5 mil para R$ 8 mil. 
         Com a aprovação do aumento de 87% para os vereadores, além de colher as assinaturas, o movimento agora pretende trabalhar contra a reeleição dos candidatos que votaram favoráveis ao projeto (Alexandra, Joel Fera, Gordo da Engedix, Jorge Rosa, Juninho Gulla, Waltinho e Joãzinho), por entenderem como imoral o aumento, apesar de ser legal, além de legislarem em causa própria, pois serão candidatos naturais a reeleição.
             Juninho do Goy (PSDB), Presidente da Câmara, defende a legalidade do projeto, segundo ele, devido à responsabilidade que o cargo de vereador exige. Os vencimentos de um vereador, de acordo com a lei, pode chegar ao máximo de 20% do valor recebido por um Deputado e a proposta aprovada sugeria cerca de 15%.
           Para Cláudio Barbosa (PT), "um aumento de 87% é injustificável. A reposição de 19,8% era mais coerente com a realidade de nosso sofrido povo, que compareceu e mostrou sua indignação. Perdemos uma luta, mas não a batalha. Eu confio na sabedoria do povo!", desabafou o petista.
            Já para Edinho Mascias (PSDB), "a maioria dos pais de família de nossa cidade não ganham em 30 dias, o que nós ganhamos aqui (R$ 1.600) para legislar duas vezes por mês. Aumentar esse salário nesta proporção não seria justo com a nossa população", argumentou.
            O argumento dos favoráveis ao aumento se baseou na desculpa que não sabem se serão reeleitos e por isso não seriam diretamente beneficiados. Resta ao povo decidir se serão estes os representantes que ele escolherá em 7 de outubro, para a Câmara Municipal. Mais informações e detalhes na nossa edição impressa desta semana!

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